quinta-feira, 7 de julho de 2011

SEU JORGE - MÚSICAS PARA CHURRASCO VOL.1

Picanha, linguiça, coração de frango, asinha, farofa, pão com alho, cerveja e refrigerantes são por conta do freguês. Seu Jorge entra com "Músicas para churrasco vol. 1", disco com o qual pretende animar qualquer festa com esses ingredientes e também dar um novo molho à sua carreira solo, depois da bem-sucedida experiência com o grupo Almaz.

Esse disco tem um jeito carioca, essa coisa suburbana, de festa no meio da rua, de confraternização em torno de um churrasco - diz ele, que ironicamente mora em São Paulo há oito anos.

Diferente das hipnóticas e delicadas atmosferas criadas com o Almaz - projeto de Jorge com integrantes do Nação Zumbi e o multi-instrumentista Antonio Pinto - "Músicas para churrasco vol. 1" não tem muitos mistérios. Suas dez canções - feitas por Seu Jorge com antigos parceiros, como Gabriel Moura e Rogê - são simples, leves e diretas, recheadas por samba, sabores rock e o funk.

No Almaz, a gente estava trabalhando em cima de músicas dos outros - conta Seu Jorge. - Nesse disco, a história é outra. São músicas inéditas, feitas com parceiros de longa data. Tenho mais controle e posso me expressar de forma mais natural. É música popular, na cara. E também um retorno a um som que iniciei com meu primeiro disco, "América Brasil".

Inspiração em novelas

Em clima de folhetim, o disco é repleto de divertidos personagens, que vão entrando em cena a cada música, como "Meu parceiro", "Vizinha" e "Amiga da mulher".

São personagens inventados, mas que deixam uma sensação familiar, de que você os conhece de algum lugar - diz Jorge, ele mesmo intérprete de diferentes personagens em filmes como "Cidade de Deus" e "Tropa de elite 2". - Não sei dizer se a experiência no cinema me fez escrever letras assim. Mas gosto de inventar personagens, em cima de coisas que vi em filmes e novelas. Por isso, o disco tem esse jeito de crônica.

Se o disco do Almaz, novamente ele, tinha um tom cosmopolita e começou sua carreira no exterior, para só depois chegar ao Brasil, "Músicas para churrasco vol. 1", com tantas referências locais, não deve seguir a mesma rota.

- Esse é um disco para o Brasil. Tudo nele remete ao país, diferente do sotaque universal do disco do Almaz.

A música que encerra o disco, o suave r&b "Quem não quer sou eu", aponta os possíveis caminhos para os outros dois discos da trilogia planejada por Seu Jorge.

Tenho essa ideia de uma trilogia e já estou até trabalhando nessas novas canções, talvez numa levada mais r&b, mais charme. São sons de subúrbio também.

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