quinta-feira, 28 de abril de 2011

DOWNLOAD - AZZVEIZZ


Som novo do Rashid , Projota , Phill Terceiro ( Grupo Terceira Safra ) e produção do
DJ Mayk e DJ Caique .

DOWNLOAD AQUI

quarta-feira, 27 de abril de 2011

DOWNLOAD - NÓ NA ORELHA@CRIOLO

Chegou ontem na internet via facebook , e site o novo e mais aguardado álbum de
Criolo ( ex - Doido ) .
Entitulado de Nó na orelha , este disco já era aguardado há um certo tempo pelo
público , e a espera valeu a pena , pois as faixas superaram todas as expectativas .
Ao mesmo tempo que é um disco diferente do que temos escutado ultimamente , também
nós remete há uma lembrança muito forte da música tupiniquim , acho que é mais um disco
de MPB do que de rap em si .
A produção foi feita por Daniel Ganjaman e Marcelo Cabral , e as faixas anteriores que foram divulgadas como Grajauex e Sucrilhos foram repaginadas , o disco tem presente muito swingue
reggae , samba e rap em rimas diferenciadas .
Ainda será lançado em vinil e em cd com mais faixas extras , façam o download agora do disco
que vem com 10 faixas e quando acontecer o lançamento físico comprem e contribuam
com o trabalho artístico de Criolo , e a cultura nacional .



01. Bogotá
02. Subirusdoistiozin
03. Não Existe Amor em SP
04. Mariô
05. Freguês da Meia Noite
06. Grajauex
07. Samba Sambei
08. Sucrilhos
09. Lion Man
10. Linha de Frente

Clique aqui acesse o hotsite e faça o DOWNLOAD

VIDEO LANÇAMENTO : SMOKIN SENSI@LEI DI DAI

NOVOS DISCOS : BEASTIE BOYS x RED HOT CHILLI PEPPERS

BEASTIE BOYS :




















Após algumas faixas terem vazado no último fim de semana, os Beastie Boys decidiram disponibilizar o disco Hot Sauce Committee Pt 2 para audição em streaming na internet.
A informação é do site oficial do trio de rappers nova-iorquinos.

"Infelizmente, devido a circunstâncias fora do nosso controle, a versão 'limpa' de nosso novo álbum vazou. Por isso, como medida hostil e retaliatória, nós disponibilizamos a versão 'explícita' em nosso site. Esperamos que isso proporcione muita felicidade, abraços e harmonia", diz o comunicado.

O disco tem lançamento oficial marcado para o dia 3 de maio. Ouça abaixo Hot Sauce Committee Pt 2

Hot Sauce Committee Part Two by Beastie Boys

RED HOT CHILLI PEPPERS :

Está incrível, temos muitas músicas e estamos escolhendo as que entrarão no álbum", contou o baterista Chad Smith
Em entrevista ao blog Rock it Out!, Chad Smith, baterista do Red Hot Chili Peppers, revelou que o novo e aguardado disco do grupo está previsto para sair na última semana de agosto.

Ele ainda afirmou que o trabalho segue sem título oficial. Anteriormente, a banda havia batizado o material provisoriamente com o bizarro e jocoso título Dr. Johnny Skinz's Disproportionately Rambunctious Polar Express Machine-head (algo como "O Ruidoso e Desproporcional Expresso Polar Cabeça Mecânica do Doutor Johnny Skinz", em tradução livre). "Está incrível, temos muitas músicas e estamos escolhendo as que entrarão no álbum. Todos estão felizes com o disco, estamos ansiosos para voltar."

Além de assuntos relacionados aos seus projetos paralelos e o novo álbum do Red Hot, Chad comentou também o fato de que este é o primeiro disco produzido pela banda com o guitarrista Josh Klinghoffer no lugar de John Frusciante. "É uma boa química, cara, ele se encaixa perfeitamente com a gente. A coisa boa é que o conhecíamos fazia uns dez anos, então não foi como se fosse um cara novo", comentou. "Ele acrescentou muito, é um ótimo compositor, além de um ótimo músico."

Assista ao vídeo com a entrevista abaixo. Chad Smith começa a falar do Red Hot Chili Peppers a partir de 1'45''.


BLACK NA CENA FESTIVAL CONFIRMA JORGE BEN




















Jorge Ben Jor é mais um nome confirmado no Festival que acontecerá em SP no mês de
Julho , ele tocará dia 23 e na mesma noite tem shows também com Marcelo Yuka , Xis e Public Enemy .
Até agora o line-up é o seguinte :

Sexta-feira (22/7) - das 20h às 4h
George Clinton
Sandra de Sá
O Baile do Simonal
Sábado (23/7) - 14h às 4h
Public Enemy
Jorge Ben Jor
Marcelo Yuka
Xis
Domingo (24/7) - 14h às 22h
Redman
Racionais MC's
Thaíde

Maiores informações no site do evento

sexta-feira, 15 de abril de 2011

SE JOG@!

FAVELA FESTIVAL - 5ª ELIMINATÓRIA

CAMPO DO NOVA ERA - NOVA IGUAÇU 19HS

ENTRADA FRANCA











+ Site do Favela Festival

URBAN MUSIC FESTIVAL



O Festival que acontece no mês de maio em SP , divulga mais uma atração : Ja Rule , o rapper promete uma homenagem a Guru Jazzmataz que morreu no ano passado .

O UMF acontecerá no dia 29 de maio na Arena Anhembi , terá 2 palcos e shows com os já confirmados Cee Lo Green , John Legend , The Roots , Emicida , Copacabana Club e outros a produção do evento ainda promete mais atrações .
Lembrando que já garantimos ingressos para o festival e traremos uma cobertura montro
deste evento .

+ site do Urban Music Festival

VIDEO LANÇAMENTO : RASHID@VOU SER MAIS



Mais uma porrada no estômago do Rashid , Um só caminho ... Foco na Missão !!!!

TAMUJUNTU

terça-feira, 12 de abril de 2011

RIR 4 - PUT YOUR HANDS UP!!!



Jay-Z está confirmado no Rock In Rio 4 , ele irá fazer show no dia 1º de Outubro no Palco Mundo
juntamente com ColdPlay , Frejat , Skank , e os mexicanos do Maná também confirmados hoje .
A noticia acabou de ser dada no Jornal Nacional da Rede Globo .

segunda-feira, 11 de abril de 2011

ROCK IN RIO 4



O SHOW DE ABERTURA DO RIR 2011 FICARÁ À CARGO DOS DINOSSAUROS DO ROCK NACIONAL QUE COMPLETARÃO 30 ANOS DE CARREIRA , O SHOW TERÁ A PARTICIPAÇÃO
DE MILTON NASCIMENTO E DA ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA .

360º - U2 EM SP ...

Por : Pablo Miyazawa














Pouco mais de cinco anos separavam a última aparição do U2 em solo brasileiro e o show desta noite de sábado, 9 de abril. O cenário era coincidentemente o mesmo - o Estádio do Morumbi, em São Paulo. A diferença crucial em relação às apresentações de 2006 (da turnê Vertigo) pôde ser apreciada antes mesmo de qualquer nota musical ser tocada: a "garra", vedete da atual turnê 360º, uma mastodôntica estrutura de aço de 46 metros de altura e 400 toneladas que sustenta a aparelhagem, envolve a banda e desafia a plateia que a circunda.















O trio britânico Muse surgiu pontualmente às 20h e tocou com o volume baixo ao longo de 45 minutos. Músicas de todas as fases da banda, como "Stockholm Syndrome", "United States of Eurasia", "Hysteria", "Starlight" e 'Knights of Cydonia" foram recebidas com algum entusiasmo e banhadas por uma garoa que por pouco não se transformou em chuva torrencial. Se não combina exatamente com a sonoridade atual do U2, é permitido afirmar que o estilo demasiadamente épico e rebuscado do Muse soa adequado em um estádio abarrotado.

Os pingos d'água cessaram às 21h40, quando os quatro homens do U2 finalmente se encaminharam em direção à "garra". A plateia de 89 mil pessoas (dados divulgados pela organização) estava ganha, o que não significou que os irlandeses não tenham se esforçado para agradar. Ecoando pelo estádio, "Trem das Onze" (de Adoniran Barbosa) proporcionou um toque de familiaridade ao público paulistano, seguida por trechos de "Space Oddity", de David Bowie. Foi a deixa para Bono, The Edge, Adam Clayton e Larry Mullen Jr. tomarem posições e atacarem "Even Better Than the Real Thing", de Achtung Baby (1991). Do mesmo álbum, o U2 também apresentou "Mysterious Ways", "Until the End of the World" e "One" - esta última precedida de um jovial discurso do ativista sul-africano Desmond Tutu através de um impressionante telão que se metamorfoseava a cada novo número.















Ao vivo, o U2 aproveita como pode todos os espaços disponíveis de seu palco circular e de apelo democrático. Larry Mullen Jr. permanecia estático atrás de sua bateria, enquanto o baixista Adam Clayton circulava pelas passarelas móveis com a discrição e a elegância de costume. Dono de um dos timbres mais particulares do rock, The Edge ditava os movimentos do quarteto com riffs impecáveis e utilizando mais de uma dúzia de guitarras diferentes. Bono, por sua vez, desfilava impávido, com postura messiânica e parecendo energizado pelas atenções dos quase 90 mil pares de olhos que chegaram a pagar até R$ 1000 só para vê-lo cantar. Foi um típico show megalomaníaco da banda mais lucrativa da atualidade, coroado por um impressionante sistema de iluminação com feixes que chegavam ao céu e a utilização criativa do telão fragmentado de 500 mil pixels de resolução. Não faltaram os tradicionais discursos de cunho político (uma homenagem a Aung San Suu Kyi, ativista de Mianmar libertada no ano passado após 20 anos atrás das grades), mas também houve tempo para papo furado (cinco minutos foram gastos com frases desconexas de Bono sobre os sabores de pizza favoritos dos integrantes do U2).














Espetáculos dessa magnitude quase não permitem improvisos de qualquer espécie. Até mesmo quando Bono convidou uma fã ao palco para recitar um trecho de "Carinhoso" (de Pixinguinha e João de Barro) o momento pareceu hermético, orquestrado em demasia. Com devoção quase religiosa e sem criar tumultos, o público assistiu ao maior grupo de rock do mundo repassar uma discografia de três décadas de idade, alternando hits do passado com faixas de álbuns mais recentes. "I Will Follow", "I Still Haven't Found What I'm Looking For", "Sunday Bloody Sunday" e "With or Without You" não ficaram de fora, mas houve um bom espaço reservado aos singles do não tão bem cotado No Line on the Horizon (2009). "Get on Your Boots", "Magnificent" e "I'll Go Crazy If I Don't Go Crazy Tonight" surgiram espalhadas pelo repertório e foram recebidas com menos entusiasmo do que os hits de All That You Can't Leave Behind (2000) - a empolgante "Beautiful Day" - e How to Dismantle an Atomic Bomb (2004) - assim como nos shows de 2006, "Vertigo" e "City of Blinding Lights" foram cantadas em coro. Músicas de October (1981), The Unforgettable Fire (1984), Zooropa (1993) e Pop (1997) foram ignoradas no set list do primeiro show da turnê 360º em solo brasileiro, que prossegue nesse domingo, 10, e na quarta, 13 de abril.

Já no bis, após "One", Bono aproveitou a guitarra em punho para puxar o refrão de "Help", dos Beatles - foi provavelmente uma homenagem ao aniversariante do dia, Julian Lennon (filho de John), que se encontrava presente no Morumbi. Antes de concluir o evento de pouco mais de duas horas e dez minutos, Bono se permitiu um último discurso oportunista: primeiro, celebrou a "amizade da banda com o Brasil" e mencionou sua visita à presidente Dilma Rousseff; em seguida, não resistiu à chance de levantar bandeiras sobre a chacina ocorrida na Escola Municipal Tasso da Silveira, no Rio de Janeiro: enquanto falava, os nomes das 12 crianças assassinadas eram morbidamente exibidos no telão. O público pareceu não saber bem como reagir, aplaudindo e murmurando na mesma proporção. "Moment of Surrender" encerrou com ares anticlimáticos um espetáculo ora frio, ora intimidador, ainda que grandioso em todas as medidas - tamanhos, hits, devoção e clichês. A natureza, provavelmente, também se sentiu intimidada: a chuva só se permitiu cair novamente minutos após Bono e cia. saírem de cena.















Set list:

"Even Better Than the Real Thing" - (Achtung Baby)
"I Will Follow" - (Boy)
"Get on Your Boots" - (No Line on the Horizon)
"Magnificent" - (No Line on the Horizon)
"Mysterious Ways" - (Achtung Baby)
"Elevation" - (All That You Can't Leave Behind)
"Until the End of the World" - (Achtung Baby)
"I Still Haven't Found What I'm Looking For" - (The Joshua Tree)
"Stuck in a Moment You Can't Get Out Of" - (All That You Can't Leave Behind)
"Beautiful Day" - (All That You Can't Leave Behind)
"In a Little While" - (All That You Can't Leave Behind)
"Miss Sarajevo" - (Passengers)
"City of Blinding Lights" - (How to Dismantle an Atomic Bomb)
"Vertigo" - (How to Dismantle an Atomic Bomb)
"I'll Go Crazy If I Don't Go Crazy Tonight" - (No Line on the Horizon)
"Sunday Bloody Sunday" - (War)
"Scarlet" (October)
"Walk On" - (All That You Can't Leave Behind)

Bis:
"One" - (Achtung Baby)
"Where the Streets Have No Name" - (The Joshua Tree)
"Hold Me, Thrill Me, Kiss Me, Kill Me" - (trilha de Batman Eternamente)
"With or Without You" - (The Joshua Tree)
"Moment of Surrender" - (No Line on the Horizon)

Fonte: rollingstone.com

quinta-feira, 7 de abril de 2011

PRA ONDE VAMOS ?










SABE NAQUELES DIAS , EM QUE NOS SENTIMOS VULNERÁVEIS AO EXTREMO ...

EM SP MAIS UM MEGA FESTIVAL ESTE ANO






Primeira edição do Black na Cena Music Festival acontece em julho, na Arena Anhembi, em São Paulo; Racionais MC's, O Baile do Simonal, Redman, Sandra de Sá, Marcelo Yuka, Thaíde e Xis também estão entre as atrações .
Novo festival para a lista musical de 2011: Black na Cena. O evento, que acontecerá entre os dias 22 e 24 de julho, será realizado na Arena Anhembi, em São Paulo. As informações foram divulgadas em uma entrevista coletiva de imprensa ocorrida nesta terça, 5.

Já estão confirmados George Clinton (líder dos lendários coletivos Parliament e Funkadelic; Clinton, aliás, completará 70 anos no palco paulistano), Public Enemy, Redman, Racionais MC's, O Baile do Simonal (show realizado por Max de Castro e Wilson Simoninha, filhos do homenageado Wilson Simonal), Sandra de Sá, Marcelo Yuka, Thaíde e Xis. Mais quatro atrações internacionais e seis nacionais serão confirmadas nas próximas semanas, segundo informou a organização do festival.

Na sexta, 22 de julho, tocam George Clinton, Sandra de Sá e O Baile do Simonal (o evento neste dia vai das 20h até às 4h), no sábado, 23, se apresentam Public Enemy, Marcelo Yuka e Xis (das 14h às 4h) e no domingo, 24, estão marcados os shows de Redman, Racionais MC's e Thaíde (das 14h às 22h). Dentro desta programação serão encaixados os novos nomes anunciados. O evento, com expectativa de reunir 60 mil pessoas nos três dias, contará ainda com performances ao vivo de b-boys e grafiteiros.

A primeira cota de ingressos começou a ser vendida nesta quarta, 6, pelo valor de R$ 100 (com direito a meia entrada) - a compra pode ser feita pela internet ou nos pontos de venda informados abaixo.

Black na Cena Music Festival
De 22 a 24 de julho
Arena Anhembi (Av. Olavo Fontoura, nº 1.209, Santana)
Ingressos: R$ 100 (com direito a meia entrada)
Compra pela internet: www.zetks.com
Pontos de venda: instalados no cursinho da Poli, nos bairros da Lapa (Av. Ermano Marchetti, 576), Itaquera (Rua Sabbado D'Angelo, 2078) e Santo Amaro (Rua Desembargador Bandeira de Mello, 468).

TRIUNFO ...



















A breve turnê norte-americana do rapper brasileiro Emicida tem dado dor de cabeça a ele. O músico não está conseguindo obter o visto necessário para se apresentar nos Estados Unidos e, além de já ter tido que cancelar a apresentação que faria no último sábado, 2, no Trinity International Hip-Hop Festival, em Connecticut, corre o risco de não embarcar a tempo para integrar o line-up do prestigioso festival Coachella, na Califórnia, onde tem show marcado no próximo dia 15. Ele deveria ter viajado na última sexta, 1.

Segundo informou o produtor do músico, Evandro Fióti, Emicida também tinha agendado a gravação de um EP, nos Estados Unidos, ao lado da dupla de produtores de Nova York K-Salaam & Beatnick.

Ainda estão sendo feitos todos os esforços para resolver os problemas com o visto, que está em aberto no consulado norte-americano. "Com dificuldade", explicou Fióti, foram arrecadados os US$ 11.500 (cerca de R$ 18.500) necessários para pagar a emissão dos documentos - referentes à taxas, valores de urgência da petição e honorários de advogados - e agora o rapper e sua equipe aguardam uma resposta.

MAKE SOME NOISE

Às vésperas do lançamento de seu primeiro disco após quatro anos, o trio americano de hip-rock Beastie Boys colocou na internet a canção "Make some noise", novo single do álbum "Hot Sauce Committe, Pt. 2", que chega às lojas nos EUA no dia 3 de maio.

"Make some noise" caiu na rede ilegalmente na quarta-feira, o que levou a banda a disponibilizar a faixa em seu blog oficial. O single será colocado à venda nas lojas virtuais no dia 11 de abril e uma versão em vinil de sete polegadas será lançada nos Estados Unidos no dia 16 de abril, em homenagem ao Record Store Day ("dia da loja de discos").

"Na verdade, isso não fazia parte do plano mas, já que a faixa está por aí, queremos que vocês escutem pela primeira vez por aqui, ou pela segunda vez. Aproveitem", escreveu Mike D. no blog.

"Hot sauce committee pt. 2" é o primeiro álbum do grupo desde "The mix-up", de 2007. O disco deveria ter sido lançado em 2009. O hiato se deu por conta da saída do rapper Adam "MCA" Yauch para se tratar de um câncer na glândula parótida esquerda (uma das glândulas salivares).

MARCELO CAMELO LANÇA NOVO CD














Não é o concreto ou o dinheiro, que se impõe de maneira mais categórica lá do que aqui. Ou a presença de artistas paulistanos como Hurtmold e Marcelo Jeneci. Quando o carioca Marcelo Camelo compara seu novo CD, "Toque dela" (feito em São Paulo, onde mora há dois anos), ao anterior, "Sou", do tempo em que ainda vivia no Rio, ele vê sobretudo uma diferença de umidade.

- "Sou" é mais úmido - afirma o artista, enquanto se vê a chuva atrás dele, pela janela do Bar Urca. - Como o nosso corpo é formado na maior parte por água, a umidade mistura você ao ambiente, enquanto que a secura te coloca mais íntegro com relação ao lugar.

São Paulo, portanto, define "Toque dela" - apesar de três canções terem sido compostas no Rio, entre elas "Três dias", que o desenhista André Dahmer, seu amigo, apresentou como ideia bruta e ele lapidou. Mais do que a cidade de São Paulo, porém, é a vivência dela que Camelo vê representada no CD.

" As pessoas entendem o valor de uma barra de ouro, mas não entendem o valor de Bethânia declamando poesia. Da mesma forma, pensam que é justo baixar música de graça "
- O disco é mais sobre meu apartamento do que sobre a cidade. É meu bairro, meus amigos. Minha São Paulo. Uma cidade mais pacata, mais cordata no trato pessoal - explica. - Ficar parado no Rio é diferente de ficar parado em São Paulo. Aqui, você vive uma vida muito hedonista, enquanto que lá há um vento que te lança para as coisas. No Rio, se você quiser alguém para fazer uma capa de disco, vai ter dois profissionais. Lá você tem 70. Qualquer microssemente que você joga brota. O Rio tem uma coisa que remonta à vinda da corte para cá, a distribuição de títulos de nobreza... Todo carioca se sente meio barão. A beleza da cidade também colabora. E há o calor e a umidade, que derretem qualquer moralidade, qualquer formalidade, qualquer fronteira entre o possível e o impossível.

O foco, da cidade para o apartamento, pode continuar se fechando. A solidão, íntima e próxima em "Sou", aparece distante em "Toque dela", em versos como "Solidão eu já vivi".

" E me entendem [os músicos que o acompanham]. Posso pedir a eles coisas como um som 'mais pôr do sol' sem parecer um hippie idiota "
- Essa comparação faz sentido. Mas para falar mais sobre ela, teria que falar muito sobre mim - diz o compositor, que afirma que seus discos dizem muito a seu respeito. - Em "Sou" (de 2008), estava numa situação de remanso na vida, até porque havia parado com o Los Hermanos depois de anos. É um disco mais reflexivo, que vai mais fundo. "Toque dela" é menos assertivo nos mergulhos estéticos. É mais caminhada, mais arejado, mais de passagem. É mais fácil de gostar, mais próximo de uma linguagem tradicional.

Mais próximo, mas não entregue a ela. Seja em rock ou marcha, os arranjos de intenção orquestral são repletos de detalhes e caminhos surpreendentes. As texturas cruzam o cornet de Rob Mazurek e o Hurtmold com as participações de Jeneci (piano e acordeon), Kassin (guitarra e banjo), Thomas Rohrer (rabeca) e Mallu Magalhães (a namorada de Camelo faz um discreto coro), além de naipes de cordas e metais. O próprio Camelo se desdobra em instrumentos como violão, guitarra, clarone, baixo e uquelele.

Sem os Hermanos, Camelo parece ter adotado o Hurtmold como sua banda base - assim como Mazurek, eles estiveram em "Sou" e o acompanharam na turnê do disco.

- (O baterista) Maurício Takara toca com a soltura do instrumental livre, a firmeza do rock e o suingue de música brasileira. O Fernando (Cappi) tem contracantos na guitarra que lembram o violão sete cordas. São excelentes músicos. E me entendem. Posso pedir a eles coisas como um som "mais pôr do sol" sem parecer um hippie idiota.

" Tom Zé diz que faz sua música porque é incapaz de fazer outra. Eu também poderia dizer isso, mas não é só. Porque não sei fazer o que o Black Eyed Peas faz, mas também não quero. O que uns entendem como ode à precariedade pode ser ode à humanidade, à incompletude "
Quando reflete sobre a umidade de seus discos, a impossibilidade do absoluto ("Até a cor verde é uma interpretação, a forma como a retina lê uma frequência de luz") ou seu desejo de criar, na música, uma paleta de cores brasileira ("Que reflita nossos cheiros e luz, dialogando com a sensibilidade universal"), Camelo tem consciência de que é percebido por muitos como um "hippie idiota". E vê aí um sintoma de algo maior.

- Há pessoas muito burras, não há sinestesia. Falo algo assim e a pessoa (faz um risinho afetado e bobo com a mão na boca): "Ih, olha o doidão". Hoje a arte é vista com um olhar que busca o pitoresco. O portal tem a notícia do elefante que morreu entalado com um avestruz no rabo e procura o que no meu disco pode entrar ali do lado. Apareci três vezes no "Fantástico": quando fui agredido por Chorão, quando comecei a namorar a Mallu e quando Jim Capaldi gravou "Anna Júlia" - lista Camelo, que também reage a quem vê no seu trabalho um louvor ao precário. - Não gosto é da maquiada, de dar à coisa um ar de supercoisa. Tom Zé diz que faz sua música porque é incapaz de fazer outra. Eu também poderia dizer isso, mas não é só. Porque não sei fazer o que o Black Eyed Peas faz, mas também não quero. O que uns entendem como ode à precariedade pode ser ode à humanidade, à incompletude. Ou à verdade, se é que ela existe.

O compositor acusa, no fundo dessas questões, o que chama de "fundamentalismo materialista". Um pensamento que sustentaria a reação ("De uma classe média dateniana, com um caráter denuncista escroto") à autorização dada pelo Ministério da Cultura para que o blog de poesia de Maria Bethânia captasse R$ 1,3 milhão. E o recente debate em torno dos direitos autorais.

- As pessoas entendem o valor de uma barra de ouro, mas não entendem o valor de Bethânia declamando poesia - afirma. - Da mesma forma, pensam que é justo baixar música de graça, não pagar direito autoral em baile de carnaval... Sem música de Braguinha você não faz baile! O segurança ganha, o cara que vende confete ganha, só o autor, que dá sentido àquela festa, não ganha. Nesse debate, estou à direita da direita. Se for questionar propriedade, questiono primeiro a da barra de ouro, um elemento químico que existe independentemente de nós.

Fonte: oglobo.com