Gabriel
o Pensador lança música e videoclipe inspirados na Feira do Livro de
Bento Gonçalves e nas suas experiências como escritor desde garoto.
O mote da letra poderia ser resumido na frase “eu gosto de escrever”, característica inata do rapper e autor de três livros (um deles premiado com o Prêmio Jabuti). Ironicamente, o Pensador “confessa” esse seu vício como um “problema” descoberto ainda na infância e que ele não teria conseguido controlar, nem mesmo apelando para o surf e o futebol, que “não eram o seu forte”. “então eu descobri que já nasci com esse problema / eu gosto de escrever, eu gosto de escrever, crer ver / ver, crer, eu gosto de escrever e escrevo até até poema”
O mote da letra poderia ser resumido na frase “eu gosto de escrever”, característica inata do rapper e autor de três livros (um deles premiado com o Prêmio Jabuti). Ironicamente, o Pensador “confessa” esse seu vício como um “problema” descoberto ainda na infância e que ele não teria conseguido controlar, nem mesmo apelando para o surf e o futebol, que “não eram o seu forte”. “então eu descobri que já nasci com esse problema / eu gosto de escrever, eu gosto de escrever, crer ver / ver, crer, eu gosto de escrever e escrevo até até poema”
No
refrão, com um certo tom de desabafo, nota-se uma referência à polêmica
em que se viu envolvido mês de abril, quando alguns escritores
questionaram o investimento da Prefeitura de Bento Gonçalves na compra
de dois mil exmplares de seus livros, além um show com todas as despesas
incluídas, que seria realizado no encerramento da feira, no final de
maio.
Gabriel foi a público, e mostrou a planilha com os custos , declarou que estava “de saco cheio” e desistiu de fazer o show e abriu mão da venda de seus livros, decidindo ir à Feira fazer palestras como Patrono gratuitamente, porém deixou bem claro que discorda da opinião de que Feira do Livro não é lugar de show musical:
“Meu Pai, eu confesso, eu faço prosa e verso / na feira eu vendo livro, no show eu vendo ingresso / na loja eu vendo disco, já vendi mais de um milhão / se isso for um crime, quero ir logo pra prisão”
Gabriel foi a público, e mostrou a planilha com os custos , declarou que estava “de saco cheio” e desistiu de fazer o show e abriu mão da venda de seus livros, decidindo ir à Feira fazer palestras como Patrono gratuitamente, porém deixou bem claro que discorda da opinião de que Feira do Livro não é lugar de show musical:
“Meu Pai, eu confesso, eu faço prosa e verso / na feira eu vendo livro, no show eu vendo ingresso / na loja eu vendo disco, já vendi mais de um milhão / se isso for um crime, quero ir logo pra prisão”
A
música foi feita no Rio, em parceria com o compositor e produtor gaúcho
André Gomes (letra integral de Gabriel o Pensador), com a participação
do músico Antônio Villeroy, mais um gaúcho residente na cidade
maravilhosa, destino que teve, aliás, o pai de Gabriel, citado na letra
como “um homem sério, um gaúcho de POA” e representado no videoclipe por
um boneco do gaúcho laçador.
O
resultado é uma mistura de hip hop com gaita e violão gaúchos, com uma
bela harmonia sobre batida eletrônica que funcionam como uma estrada por
onde o rapper passeia relembrando cenas de sua trajetória profissional e
pessoal.
A
direção do clipe ficou por conta de Thiago Ferreira e Tchello DRC,
baixista do Detonautas, e a edição a cargo de Thiago Ferreira, que
também é músico, com a colaboração do próprio Gabriel, que cedeu imagens
de arquivo e se disse emocionado com o resultado:
- No fim das contas, acho que por um lado eu até lucrei com essa história, pelo prazer de compor uma canção de amor à literatura, incluindo aí como “literatura” a minha paixão pelas letras de música e tudo que eu faço, que vem da palavra. Aprendi um pouco também. De repente eu me vi explicando valor de cachê e preço de livro, uma situação inédita pra mim até então. Fiquei aborrecido e poderia falar de intriga, de inveja, de política, de desinformação… mas acabei falando de coisas muito melhores na letra. De coisas lindas, que eu vejo com muita frequência, rodando pelas feiras literárias e por shows há muitos anos. Gratidão, amor, determinação, inspiração, troca, liberdade, pureza… são coisas que eu vejo quase sempre, que me acompanham, que são o meu maior pagamento desde que comecei a cantar e a escrever e sempre serão, e essa música, com a ajuda das imagens, talvez consiga passar um pouco desse meu mundo pra quem não conhece direito. De qualquer forma, me fez olhar pra isso tudo com um carinho ainda maior, como a gente sente quando mexe num baú de recordações, que foi exatamente como nasceu também meu primeiro livro.
- No fim das contas, acho que por um lado eu até lucrei com essa história, pelo prazer de compor uma canção de amor à literatura, incluindo aí como “literatura” a minha paixão pelas letras de música e tudo que eu faço, que vem da palavra. Aprendi um pouco também. De repente eu me vi explicando valor de cachê e preço de livro, uma situação inédita pra mim até então. Fiquei aborrecido e poderia falar de intriga, de inveja, de política, de desinformação… mas acabei falando de coisas muito melhores na letra. De coisas lindas, que eu vejo com muita frequência, rodando pelas feiras literárias e por shows há muitos anos. Gratidão, amor, determinação, inspiração, troca, liberdade, pureza… são coisas que eu vejo quase sempre, que me acompanham, que são o meu maior pagamento desde que comecei a cantar e a escrever e sempre serão, e essa música, com a ajuda das imagens, talvez consiga passar um pouco desse meu mundo pra quem não conhece direito. De qualquer forma, me fez olhar pra isso tudo com um carinho ainda maior, como a gente sente quando mexe num baú de recordações, que foi exatamente como nasceu também meu primeiro livro.
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